domingo, 7 de setembro de 2008
Um Processo
Cheguei tarde em casa, já na madrugada de domingo, mas preparado para ver o início de competições das paraolimpíadas. Me ocorreu fazer um comparativo entre as coberturas da mídia televisiva, das olimpíadas e desses jogos. Afinal de contas, a cobertura da olimpíada foi algo fantástico. Só o SPORTV tinha cinco canais. Sem falar que dois canais abertos - Globo e Bandeirantes - deram atenção total ao evento, com entradas ao vivo, mostrando as várias modalidades esportivas pela madrugada e manhã. Bom, vamos ver a Bandeirantes. Otávio Mesquita mostra a casa em que morou o Marechal Deodoro da Fonseca, se não me falha a memória. A Globo estava com o Serginho Groismann, em Nova Yorque. Deixa eu ver os canais a cabo. O SPORTV 2 cumpre a palavra e mostra os Jogos. Judô é o que passa. Informam que a seleção brasileira de futebol de 5 - para cegos e deficientes visuais - vai entrar em campo para começar a defesa do ouro conquistado em Atenas. Oba, falo eu para quatro paredes. Nada. Nenhuma imagem. Por que? Já tive a oportunidade de cobrir dois eventos internacionais da modalidade e digo que é uma delícia torcer pelo Brasil de Ricardinho e companhia. Bem, quem sabe nos outros canais a cabo exclusivos de esporte, penso eu. Os outros SPORTV se dividem entre uma luta de Vale Tudo e uma propaganda estática, infalível para quem tem insônia. A ESPN Internacional passa pôquer. Na filial brasileira, o VT de Argentina e Paraguai. Procuro entender tamanho disparate entre a cobertura dos dois eventos e quero crer que tudo faz parte de um processo. De que aos poucos todos vão perceber a importância dos Jogos Paraolímpicos e o que ele representa para o mundo. Na verdade isso na essência é um desejo particular, meu. Enquanto ele não se realiza por completo, deixa eu voltar para a TV. Ciclismo contra o relógio.
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