Informa o portal Universia (http://www.universia.com.br/) que trabalho de conclusão de curso de recém-formadas fisioterapeutas pela Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Priscila da Fonseca e Ana Lia Ferreira, enfatizaram a importância da fisioterapia para portadores de síndrome de Down. A principal conclusão é que seqüências de exercícios físicos podem salvar vidas. Foi com base nesta abordagem que o estudo foi desenvolvido. Aplicado sob forma de entrevista com pais e familiares, o trabalho detectou que, de 28 crianças com a patologia, mais de 80% teria melhor qualidade de vida se contasse com o auxílio da fisioterapia desde o nascimento. Os dados foram coletados entre os anos de 2000 e 2006. Os portadores de síndrome de Down têm variável grau de retardo motor, físico e mental, sendo que 50% deles apresentam também problemas de ordem cardiológica. É aí que a fisioterapia entra em ação. Com a intervenção, há uma sensível melhora das funções vitais e desenvolvimento motor, além da prevenção de doenças cardio-pulmonares, circulatórias e outras complicações clínicas que podem levar à morte. "Com base nestes dados, torna-se extremamente necessário conscientizar os pais destas crianças sobre a importância da realização e manutenção do tratamento fisioterápico", comentou Priscila. As profissionais destacaram que a desmistificação da fisioterapia para os familiares também foi fundamental no processo. "As informações que repassamos esclareceu a imagem errada que estes pais tinham ao achar que qualquer atividade física poderia ser prejudicial a seus filhos", disse Ana Lia. "Orientados, eles podem dar continuidade ao tratamento e colaborar no aprendizado das crianças". Na verdade, estudos como esse são importantíssimos para mostrar científicamente o que uma razoável parcela da população já sabe. Exercitar o corpo é fudamental para qualquer ser humano, mas ainda mais vital para os deficientes, seja qual for a deficiência apresentada. Cadeirantes, por exemplo, por ficarem na mesma posição por muito tempo, precisam de orientação profissional, estímulo e disciplina na realização de exercícios específicos, que trarão uma qualidade de vida melhor. E o estudo em questão, mostra outra variável. O preconceito e descohecimento dos próprios familiares. Conscientizar é preciso e isso só é possível com a irradiação da informação, para todos.
O trabalho da fisioterapia para portadores de Down já é oferecido no Hospital Universitário São Francisco de Paula (HUSFP), por meio de seu ambulatório geral. Informações pelos telefones (53) 2128-8505 ou 2128-8506.
Fonte: UCPel
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