segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dança para surdos

Quem disse que surdos não podem ser dançarinos ou curtir uma música? O Grupo de Dança Surdos Videira é uma prova que tudo é possível através da interação de um trabalho desenvolvido que objetiva a inclusão social.
Liderado pelo intérprete Nilton Câmara, o grupo de 5 pessoas ensaiam coreografias e as apresentam em eventos particulares ou do governo na cidade de Fortaleza - CE. De acordo com Câmara, o grupo é reduzido porque é necessário trabalhar com cada um de forma intensiva e aproveitando melhor as habilidades individuais.
Há uma seleção para ingressar no grupo de dança. Na primeira fase, os candidatos são avaliados pelo histórico escolar e familiar, após essa aprovação há os requisitos técnicos de ritmo e expressão corporal. Essa triagem ocorre em média uma vez por ano.
Antes de qualquer atividade corporal, Nilton prepara seus alunos para conhecer a letra da música que será dançada, compreendendo seu significado e auxiliando nos conhecimentos da Língua Portuguesa. O próximo passo é sentir as vibrações do som e daí aplicar o texto a Libras (Língua Brasileira de Sinais), que é quando os participantes “cantam”. Isso resulta em musicalidade do corpo.
A sala de ensaio é adaptada com objetos simples, como o espelho, o aparelho de som com potência para deixar a música em volume altíssimo e o chão de assoalho de madeira, que facilita o aluno a sentir as vibrações.
Cada jovem apresenta sua facilidade ou dificuldade em demonstrar seus talentos, por isso os ensaios podem chegar até 8 meses, mas o que se busca é o nível possível de cada um, sendo trabalhados as expressões corporal e facial. Isso reflete no comportamento no âmbito social, pois passa a se expressar melhor vencer a timidez.
A proposta principal do projeto é transformá-los em atores com autonomia e não apenas em copistas, que imitam os sinais repassados por um ouvinte.
“Esse projeto é fundamental para a valorização da pessoa surda, que passa a se sentir cidadãos de direitos e além de valorizar a autoestima, acreditando que é eficiente e capaz de qualquer atividade através de outros sentidos que são aguçados, em que se iguala a outras pessoas sem deficiência. Assim ela conquista o seu espaço”, diz Nilton Câmara.
Para obter maiores informações sobre o grupo ligue: (85) 9969-4059
www.niltoncamara.net

2 comentários:

Elisabete Melo disse...

Olá,
Eu sou aluna da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa no Curso de Dança estou no último semestre do 3ºano de Licenciatura, escolhi tratar a Dança em inclusão com Surdos.
Gostaria muito de saber mais acerca do vosso trabalho, quais as maiores dificuldades que sentiram, como estão a desenvolver o vosso trabalho, quais os vossos objectivos, qual a aceitação, que projectos, tudo que achem relevante,
Um abraço Elisabete

Elisabete Melo disse...

Olá,
Eu sou aluna da Faculdade de Motricidade Humana de Lisboa no Curso de Dança estou no último semestre do 3ºano de Licenciatura, escolhi tratar a Dança em inclusão com Surdos.
Gostaria muito de saber mais acerca do vosso trabalho, quais as maiores dificuldades que sentiram, como estão a desenvolver o vosso trabalho, quais os vossos objectivos, qual a aceitação, que projectos, tudo que achem relevante,
Um abraço Elisabete