No dia 24 de julho comemorou-se 18 anos da Lei de Cotas, que determina a empresa reservar até 5% de vagas de emprego destinadas a pessoas com deficiência. Mas os empregadores enfrentam dificuldades para preencher esse quadro de funcionários. Segundo dados do IBGE há mais 1 milhão de deficientes em São Paulo, desses 98 mil trabalham.
“A nossa maior dificuldade para contratar é a falta de qualificação do candidato e adequação da pessoa para função. Antes os familiares deixavam o deficiente fora até do convívio social, causando a exclusão escolar e de conhecimentos mais técnicos. Além da experiência de vida que traz dificuldades da pessoa saber até mesmo como se portar e falar com demais colegas de trabalho”, afirma Cristiane Berti, analista de recursos humanos.
Para amenizar essa situação, começam a surgir projetos de capacitação para o deficiente. O programa Inclusão Eficiente, gerenciado pela Secretaria Municipal do Trabalho em São Paulo, é um sistema que recebe os currículos pelo cadastro no site e encaminha para as empresas conforme o perfil da vaga oferecida. Atualmente, há mais de 16 mil cadastrados. De acordo com a Secretaria, no primeiro trimestre do ano, houve um aumento de 300% no número de contratações. O próximo passo será incluir parte dos cadastrados em cursos de alfabetização de adultos e de elevação do nível de escolaridade.
Para aumentar esse nível, a Associação Desportiva para Deficiente (ADD) oferece o programa ADD Training, são cursos profissionalizantes gratuitos. Entre eles estão práticas administrativas e curso básico de web designer. “O nosso compromisso é a capacitação. A procura pelos cursos tem sido satisfatória e observamos que nossos alunos têm conseguido se inserir no mercado de trabalho”, diz Elisabeth Fernandes, coordenadora do projeto.
Outra instituição que procura garantir a qualificação do profissional deficiente é o Instituto Aprender e Trabalhar. Além de dar aulas de cursos técnicos, desenvolve treinamento comportamental, o que pode ajudar na postura em processos seletivos.
Um impasse que existe também é os funcionários empregadores saberem reconhecer o perfil do candidato deficiente. Com essa realidade a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, criou o projeto Sem Barreiras, que treinam equipes de recursos humanos. O treinamento se baseia em desmistificar a ideia de que a inclusão traria problemas para a empresa, como gastos para adequação física do espaço, queda de produtividade ou dificuldades de relacionamento no ambiente de trabalho. A Secretaria afirma que a experiência tem mostrado ao contrário. Em geral, são funcionários interessados, comprometidos e confiáveis.
Cadastro do currículo na Secretaria Municipal do Trabalho
www.prefeitura.sp.gov.br/eficiente
Associação desportiva para Deficiente (ADD)
Local: Rua das Pitombeiras, 296 - Vila Parque Jabaquara - São Paulo
Inscrições: pelo telefone: (11) 5011-6133, ou pelo e-mail para Fernando Maia: fernando@add.org.br
Instituto Aprender e Trabalhar
São Paulo (11) 3142-9442
Curitiba (41) 3324-1898
Projeto Sem Barreiras, Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
Os profissionais interessados devem entrar em contato com Rafael Publio pelo e-mail:
rpublio@prefeitura.sp.gov.br
No assunto: Sem Barreiras
No corpo da mensagem: Nome da pessoa e empresa, telefone e e-mail.
Um comentário:
oi,Priscila
Apesar do grande avanço que tivemos,ainda há muita carência,principalmente em MINAS,em pesquisas vemos que SP está desempenhando um papel fundamental para nós deficientes,são vários cursos tal,o apoio é fundamental.O que falta pra nós é uma boa capacitação e organizaçõesdispostas a erquerem ainda mais alta essa bandeira de solidariedade e respeito(estou referindo a Minas e interiores,pois São Paulo há varias)uma união que tenha e ajam com essa boa ação e de boa fé.È dando as mãos e se unindo vamos chegar onde merecemos...
cris
Postar um comentário