sexta-feira, 20 de março de 2009

Doença Falciforme


Um inédito mapa sobre crianças portadoras de doença falciforme será feito pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. A pesquisa, que começou no dia 16 nas regiões de São José do Rio Preto, Barretos e Araçatuba, deverá se estender por 160 municípios paulistas ao longo do ano.

Segundo a secretaria, o objetivo é saber quem são essas crianças e verificar se o acompanhamento médico está sendo realizado adequadamente. Haverá um censo para cadastrar e, posteriormente, acompanhar crianças de até 7 anos de idade que tiveram resultado positivo no teste do pezinho (triagem neonatal).

Os endereços das crianças a serem visitadas foram fornecidos pelas Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) de São Paulo e Bauru e pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Na entrevista, o recenseador aplicará um questionário com vários módulos de perguntas, colhendo informações sobre a situação clínica da criança, o acompanhamento médico feito e o acesso a medicamentos e serviços de saúde.

“O exame do pezinho, que identifica diversos problemas, dentre elas a doença falciforme, é realizado com sucesso no Estado de São Paulo. Uma vez detectadas precocemente, essas doenças podem ser tratadas adequadamente, evitando sequelas para a criança. Assim, um dos objetivos do censo é saber com que antecedência o resultado do exame é passado para os pais”, disse Frederico Carbone Filho, diretor técnico da Hemorrede.

Para a realização do censo, a Secretaria contará com recenseadores estudantes do Departamento de Biologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

A doença falciforme se caracteriza pela presença de hemoglobina S nas hemácias. É uma das doenças genéticas mais comuns no Brasil e no mundo, transmitida aos filhos pelo pai e pela mãe por meio dos genes. Um de seus efeitos mais comuns é o da crise vaso-oclusiva, causada pela forma das hemácias em forma de foice que obstruem os capilares e restrigem o fluxo sanguíneo aos orgãos causando isquemia e dor.

Mais informações: www.saude.sp.gov.br

Fonte: Agência Fapesp

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