quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Deficiência em Cena



Coreógrafa Carolina Teixeira lança livro a partir de sua vivência junto à companhia de dança Roda Viva
Sérgio Vilar // sergiovilar.rn@dabr.com.br 

Deficiência em Cena não é nenhuma crítica a espetáculos. Nem mesmo a forma pejorativa e até grosseira de citar a atuação de pessoas com deficiência no teatro e na dança. É o nome de um livro escrito pela coreógrafa Carolina Teixeira a partir de sua vivência junto ao Roda Viva Cia. De Dança - grupo potiguar pioneiro na profissionalização de bailarinos com deficiência no mercado da dança contemporânea nacional. O livro vai além e discute a crise dos corpos deficientes nas artes cênicas do Brasil e a problemática do discurso inclusivo. A publicação é a primeira no país a tratar do assunto. O livro será lançado hoje no Espaço O Sandwich (Av. Olavo Montenegro - rua da Ponta Negra Fiat, em Capim Macio), às 19h.



"O cotidiano vivido por quem é deficiente - que a sociedade desconhece - é a matéria prima para as criações cênicas dos artistas. É no território da exclusão, da impossibilidade, da intolerância, da especulação social que esses corpos se ressignificam e devolvem à sociedade uma resposta que não é salvadora, nem redentora; é apenas o direito à criação no campo das artes, a própria liberdade de poder viver a experiência da deficiência, sem pieguismos, sem doutrinas, mas com muita responsabilidade quando se trata de fazer e pensar arte", comenta Carolina, que já foi bailarina e mestre em Artes Cênicas pela UFBA.

Carolina tntegrou o Roda Viva em meados de 1996, totalizando onze anos de atividade junto ao grupo. Atuou em diversas funções como bailarina, coreógrafa, assistente de direção e por fim assumiu a direção artística no fim de 2004. "Eles eram muito mais independentes e seguros de seus corpos do que eu, que mesmo com uma deficiência física vinha de uma visão clinica já impregnada em meu corpo por anos de tratamentos reabilitatórios", recorda. O ritmo cênico disciplinador da companhia impulsionou o interesse de Carolina pela cena e pela pesquisa sobre corpos deficientes para além do próprio trabalho da companhia Roda Viva. "A influência que o grupo teve sobre minha vida proporcionou um outro entendimento acerca da deficiência e me instigou a pesquisar o lugar desse bailarino, que também carece de uma autonomia, assim como o bailarino clássico antes do advento da Dança Moderna".

Corpos deficientes
A criação de coreografias para corpos deficientes, sem referências, foi peculiar: "Com um corpo comprometido por um AVC eu dependia da colaboração dos bailarinos, que junto comigo criavam os movimentos, o que evidenciou o meu interesse em permitir que o artista dialogasse durante o processo, fazendo suas escolhas e descobrindo suas impossibilidades de movimentação, fossem eles deficientes ou não". 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Repórter SACI



Sua tarefa é observar e relatar as condições de acessibilidade física dos locais por onde anda

Logo do Reporter SACI
Renato Laurenti é um dos colaboradores da Rede SACI. Ele é tetraplégico, mora na cidade de São Paulo e sua tarefa é relatar as condições de acessibilidade física de locais públicos desta cidade. Elas interessam a pessoas com deficiência, formuladores de políticas públicas, arquitetos, urbanistas e formadores de opinião.

Os espaços públicos devem poder ser freqüentados por pessoas com deficiência, gestantes, idosos, cardíacos, obesos, pessoas com dificuldades temporárias de locomoção, mães empurrando carrinhos de bebê - enfim, por todos, pois a cidade é de todos.
O Repórter SACI tem o apoio do Centro Automotivo Santa Helena, da Companhia Brasileira de Petróleo Ipiranga (Av. Corifeu de Azevedo Marques, 44 - Butantã, São Paulo, SP).
Após as visitas, Renato escreve uma reportagem, que você pode ler nesta página.
Queremos saber quais são as condições de acessibilidade das demais cidades brasileiras. Para isso, contamos com Repórteres SACI Voluntários, que enviam textos e reportagens sobre os mais diversos locais.
Seja você também um Repórter SACI Voluntário!
ACESSE:http://saci.org.br


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Canal de esportes virtual

Confira a TV ABDEM, o canal interativo da Associação Brasileira de Desportos de Deficientes. Lá você encontra diversas reportagens na área de esportes, como campeonatos, comemorações e conquistas de títulos. Confira o canal e conheça um pouco mais da ABDEM.

www.abdem.com.br

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Deficientes auditivos recebem Papai Noel nesta quarta, 14, em Bauru



Nesta quarta-feira, 14, a partir das 19h, o Papai Noel visitará as 41 crianças deficientes auditivas atendidas pelo Cedau (Centro Educacional do Deficiente Auditivo), unidade que reabilita pacientes do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), conhecido por Centrinho-USP.

Neste ano, o “bom velhinho” será o funcionário voluntário do Centrinho-USP, Cleiton de Farias, 31. E não será o primeiro trabalho do ano não. Para esse Papai Noel o Natal começou em 04/12, quando animou a festa dos velhinhos da Associação Beneficente Cristã (Paiva). “Foi uma experiência incrível, eles olharam pra mim e pareciam acreditar mais no Papai Noel do que próprias crianças. É como se eu levasse de volta a esperança para eles”, relata Cleiton. “Eu ganho o ano com essas ações. Este é o segundo ano que me visto de Papai Noel e não pretendo parar. É muito bom”, finaliza.
Esta é a 15a. edição da festa chamada Noite do Pijama, evento que marca a comemoração do Natal entre a equipe do Cedau, os pacientes e seus familiares. “É um momento de integração importante para o trabalho de reabilitação que realizamos o ano todo”, afirma a coordenadora do Cedau, Maria José Monteiro Benjamin Buffa.
A programação nesta quarta-feira começa às 19h, com a chegada das crianças. Entre 19h e 22h, haverá apresentação de Coral, entrega de presentes e brincadeiras no Buffet Biscoito ((Rua Ignácio Alexandre Nasralla, 4-40 Jd. Aeroporto, Bauru-SP). A chegada do bom velhinho está marcada para 21h30. Estão previstos também desfile de pijama e guerra de travesseiro a partir das 22h30, quando as crianças retornarem ao Cedau para dormir na unidade. Na manhã do dia 15 elas tomam café da manhã e iniciam o período de férias.

O Cedau
Além de aparelhos de amplificação sonora individual (aparelhos auditivos), algumas crianças com deficiência mais profunda conseguem ouvir com a ajuda do implante coclear (“ouvido biônico”). Os dois procedimentos são feitos pelo Centrinho via SUS (Sistema Único de Saúde).
Criado em 1990, o Cedau atende meninos e meninas com deficiências auditivas de Bauru e região de até 12 anos e é mantido por intermédio da Funcraf (Fundação para o Estudo e Tratamento das Deformidades Craniofaciais) - principal parceira do Centrinho-USP desde 1985. O Cedau funciona de segunda a sexta-feira, na rua Capitão Gomes Duarte, 23-60, Vila Universitária.
Contato do Papai Noel voluntário Cleiton de Farias – telefone 14 8801-0565.

Serviço:
Noite do Pijama do Cedau
Local:
 Buffet Biscoito (Rua Ignácio Alexandre Nasralla, 4-40 Jd. Aeroporto, Bauru-SP)
Programação - 14/12:
19h - Apresentação do Coral do Cedau para profissionais e pais e apresentação de vídeo
19h30 Brincadeiras
21h30 chegada do papai Noel e distribuição de presentes

Local: Cedau (na rua Capitão Gomes Duarte, 23-60, Vila Universitária)
Programação:
14/12/11 - a partir das 22h30 – Desfile de pijamas, guerra de travesseiros
15/12/11 – Café da manhã e saída para férias.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

É possível criar...

A deficiência nunca foi obstáculo para a expressão da arte. Os associados da ADFEGO (Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás) provam de várias formas que são pessoas capazes, e manifestam seu amor a arte. Exemplo disso está na pintura e na música criada por eles. Vários artistas fazem parte da associação, conheça o trabalho deles pelo site da Associação e se você também desenvolve algum tipo de trabalho nessa área, entre em contato com a ADFEGO.


ACESSE: http://www.adfego.com.br





Obra criada por Rogério Marcolino dos Santos


Nasceu em Itaberaí, Goiás, em 1975. Aos quinze anos, sofreu um acidente de trabalho, tornando-se portador de deficiência física motora, mas não desistiu de sua paixão pela arte. Começou a estudar desenho. Pintou o primeiro quadro em 1997 e não parou mais. Hoje, o artista mora em Goiânia, onde cursa o terceiro ano de licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás (FAV-UFG).

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Inclusão social das pessoas com deficiência – luta por igualdade de oportunidades

CRÉDITO: Jornal de Barretos 



   Dia 03 de dezembro é o dia internacional das pessoas com deficiência que foi criado em 14 de outubro de 1992 durante a 37ª Sessão Plenária Especial sobre Deficiência da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU, com o objetivo de promover maior compreensão dos assuntos que dizem respeito à deficiência e para mobilizar a defesa dos direitos, da dignidade e do bem estar das pessoas com deficiência.
 A “Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência” define assim Deficiência: uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social.  Diz respeito a biologia da pessoa. Em outras palavras, podemos considerar como deficiência física quando alguma parte do corpo humano não apresenta um funcionamento perfeito, porém isso não pode ser considerado como diferença, pois existem várias pessoas com os mesmos tipos de limitações que as tornam normais dentro de suas possibilidades.
Muito se tem falado e feito com o objetivo de promover a inclusão social das pessoas com deficiência na vida política, econômica e social. Embora estejam ocorrendo grandes avanços neste sentido, ainda é grande o preconceito, o qual dificulta a inclusão das pessoas com deficiência, sobretudo no mercado de trabalho, mesmo existindo leis que vão contra a exclusão.
Nos últimos anos, observamos muitos setores da sociedade se mobilizando e procurando aos poucos adaptar-se às necessidades específicas das pessoas com algum tipo de deficiência e isso vai desde programas de acessibilidade até a valorização das habilidades e o potencial das pessoas com deficiência, com isso, a sociedade passa a ser mais inclusiva e solidária com esta significativa parcela da população, uma vez que existem no Brasil aproximadamente 27 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Cerca de 10 mil pessoas por mês nascem com alguma deficiência ou adquirem algum tipo de deficiência, seja por acidentes de trânsito,acidentes de trabalho e acidentes com armas de fogo.
Recentemente foi lançado pelo governo federal brasileiro o plano Viver sem limite, que buscará ampliar a integração da pessoa com deficiência na sociedade. As ações do Viver sem Limite, nome dado ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, estão distribuídas em quatro áreas: educação, saúde, inclusão social e acessibilidade. Esse plano vai oferecer até 150 mil vagas para a qualificação profissional das pessoas com deficiência.
No lançamento do plano Viver sem limite, a presidenta Dilma Rousseff disse que no Brasil o desafio para construir uma sociedade inclusiva é imenso. Segundo ela, o mais importante é acabar com o preconceito.
Na atualidade observamos um número cada vez maior de crianças com deficiência que vão à escola, jovens ingressam na universidade, adultos integrados no trabalho, atletas com deficiências que vencem o preconceito e se superam; enfim, são pessoas que mesmo possuindo alguma deficiência, superam os inúmeros obstáculos que lhes são impostos e vão se integrando na sociedade, passando a ter seus direitos (ou pelo menos parte de seus direitos) de cidadãos respeitados.

ATITUDES QUE FAZEM DIFERENÇA NA INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA:
Leis e Política Pública – diversas são as leis que dizem respeito à inclusão das pessoas com deficiência. Entre elas está o Decreto 3.298/99, em complemento à Lei 8.213, que garante a adequação e a igualdade de oportunidades no acesso ao trabalho, bem como o cumprimento da cota de vagas para empresas com mais de cem funcionários.
ACESSIBILIDADE – ambientes acessíveis garantem às pessoas com deficiência o direito de ir e vir e faz com que elas se sintam parte da comunidade. A adequação de espaços públicos, meios de transportes, acessos a edifícios, acesso à informação, à escola, tudo isso é assegurado em lei e aos poucos está sendo integrado ao cotidiano da sociedade.
Acesso à saúde – a reabilitação em clinicas especializadas ( com o objetivo de promover a independência da pessoa no seu dia a dia) e a assistência à saúde, são necessárias para promover a melhoria na qualidade de vida e a inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
Cidadania – para que a inclusão das pessoas com deficiência saia das leis e das palavras e seja uma realidade, é necessário que a sociedade dialogue sobre o tema e tenha atitudes que contribuam para amenizar qualquer tipo de preconceito, construindo assim uma sociedade inclusiva, onde a limitação de uma pessoa  não diminua seus direitos.

MERCADO DE TRABALHO – embora a inclusão de pessoas com deficiência tenha aumentado nos últimos anos, principalmente por causa da Lei de Cotas, ainda temos um grande caminho a percorrer. Percebemos que há muitas dificuldades para a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. As empresas precisam se estruturar para poder contratar pessoas com deficiência e estas, precisam de capacitação para ocupar as vagas disponíveis.Também é necessário que haja mudança de mentalidade por parte dos empregadores e dos colegas de trabalho, que precisam adequar-se à nova realidade, aceitando e respeitando a pessoa em sua totalidade.
É preciso lutar por igualdade de oportunidades e uma maior conscientização da sociedade sobre o potencial das pessoas com deficiência, pois elas estão cada vez mais próximas da igualdade em termos de capacitação, competência e pró-atividade. Felizmente muita coisa está mudando, cresce a consciência de que a inclusão das pessoas com deficiência é uma questão de ética, cidadania e redução da desigualdade social. Porém, esse processo exige a superação de barreiras e preconceitos arraigados.

Rosemary de Ross é formada em Letras e cursou Teologia para Leigos.Reside em Pato Branco – Paraná

terça-feira, 6 de dezembro de 2011


PARA QUE MEDICAMENTO?




Atualmente, crianças que têm problemas de comportamento, ou problemas familiares, vêm sendo sistematicamente diagnosticadas com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e, até mesmo, transtorno bipolar.

Em recente entrevista ao jornal Folha de São Paulo, a médica Marcia Angell, primeira mulher a ocupar o cargo de editora-chefe no bicentenário "New England Journal of Medicine" e considerada pela revista "Time" uma das 25 personalidades mais influentes nos EUA, aponta o abuso na prescrição de drogas psiquiátricas, relatando casos de crianças que chegam a usar quatro, até mesmo seis drogas diferentes.

Em janeiro de 2011, o Jornal da Associação Americana de Psiquiatria, publicou pesquisa realizada pela Universidade da Pensilvânia, que apontou pouco ou nenhum efeito dos antidepressivos em grande parte dos pacientes com depressão leve ou moderada, com eficácia relevante apenas para os casos graves da doença.

Na esteira desta discussão, o livro "Para que Medicação?" do neurocientista Leonardo Mascaro apresenta o treinamento neurológico por neurofeedback como opção não medicamentosa, com sólida fundamentação científica, para o tratamento de uma ampla gama de condições neurológicas e psiquiátricas que, até recentemente, só encontravam respaldo farmacológico, tais como depressão, pânico e ansiedade, déficit de atenção com ou sem hiperatividade (DDA/DDAH), insônia, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), além de quadros neurológicos por isquemia ou trauma.

Ricamente ilustrado e fazendo uso de casos clínicos reais, este livro mostra como são identificados objetivamente, pela análise da atividade neurológica, cada um dos comprometimentos analisados, apresentando, também, as bases conceituais e os resultados clínicos alcançados pelo uso do treinamento neurológico por neurofeedback.

Leonardo Mascaro MNeurosci, BCN
CRP-06/42061-8

Psicólogo com mais de 15 anos de prática clínica, Mestre em Neurociências (MNeurosci) pelo Núcleo de Neurociências e Comportamento (NeC) – USP/SP e primeiro brasileiro certificado (BCN -  Board Certified on Neurofeedback) pela BCIA (Associação Internacional de Certificação em Biofeedback), é o único sul-americano a ter recebido formação em neurofeedback junto à Dra. Margaret Ayers, fundadora da primeira clínica de neurofeedback dos Estados Unidos e pioneira mundial no uso de filtros digitais (Sistema Neuropathways - All Digital Real Time EEG Neurofeedback System) para identificação e tratamento de padrões neurológicos patológicos e treinamento do cérebro. Foi também o primeiro sul-americano a receber treinamento no Sistema LENS de neurofeedback e em Meditação por Biofeedback junto a Anna Wise, maior autoridade mundial na área.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Biblioteca Digital Rui Bianchi


O Centro de Informação Rui Bianchi, serviço oferecido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, tem como proposta a disseminação de informações sobre os direitos das pessoas com deficiência.

No portal, você encontra informações, artigos, trabalhos acadêmicos, estatísticas e vasta bibliografia com enfoque principal na pessoa com deficiência

A Biblioteca Digital expressa a ação que permeou a luta das lideranças dos movimentos de pessoas com deficiência desde a década de 70. Em sua trajetória como militante na área da deficiência, Rui Bianchi do Nascimento priorizou a informação como instrumento de transformação.